Por que nem todos querem a salvação?

A salvação em Jesus é um ato de fé. De acordo com o pastor Antônio Gilberto, “salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida – no caráter – de toda pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único Salvador pessoal”. Neste sentido, a pessoa crê que Jesus Cristo morreu na cruz para perdoar seus pecados, livrando-a da culpa que estava sobre ela. Um Deus santo não poderia comunicar-se com um pecador; no entanto, através de Jesus, é possível aproximar-se de Deus. O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 João 1.7).

A salvação, portanto, é uma dádiva de Deus. Somos salvos pela graça por meio da fé (Efésios 2.8). A salvação não depende de nossas boas obras (Efésios 2.9), mas da obra que Jesus realizou por nós. Quem é salvo por Jesus passa a ser habitação do Espírito Santo, pode manter sua comunhão diária com Deus, recebe as bênçãos que acompanham a salvação, tem seu nome escrito no Livro da Vida e a garantia e certeza da Vida Eterna.

Diante de tantas bênçãos, por que nem todos querem a salvação? Para responder esta questão, é preciso que olhemos para a Palavra de Deus a fim de perceber que o Senhor deu-nos o livre arbítrio (Deuteronômio 30.19). O desejo de Deus é que todos se salvem (1Tm 2.4). A graça é para todos (Tito 2.11). A salvação é oferecida gratuitamente. Jesus convida a todos para irem a Ele (Mateus 11.28-30) e beber a água que Ele oferece, a fim de matar a sede espiritual (João 4.14) e a caminhar em Sua luz (João 8.12).

Pensemos por um momento nos dois ladrões crucificados ao lado de Jesus. Um suplicou pela graça de Deus, mas o outro a rejeitou. O que rejeitou a graça conseguiu enxergar apenas um homem desnudo, ensanguentado e agonizando. O outro viu que na cruz do meio estava o Rei. Ele disse: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino” (Lucas 23.42). Ora, só tem reino quem é rei. O ladrão não viu um mero homem que estava sendo julgado pelas autoridades romanas, mas aquEle que é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Diante de sua indagação, Jesus lhe respondeu: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43).

A salvação nunca foi uma imposição, mas um convite. Nunca houve, da parte de Deus, uma condenação incondicional para pessoa  alguma  à  condenação  eterna. Lembremo-nos do pobre Bartimeu, que foi curado de sua paralisia e salvo por Cristo (Lucas 18.42); e do jovem rico, que, apesar de não ser um paralítico, não conseguiu dar um passo para Jesus (Mateus 19.21-23). O jovem rico preocupou-se mais com seus bens materiais do que com a fonte de todo o bem.

Com o eunuco da Etiópia foi diferente. Enquanto lia o profeta Isaias, ouviu Filipe perguntando se ele estava entendendo alguma coisa. “Como entenderei se ninguém me explica?”, disse (Atos 8.31). Então, Filipe lhe falou de Jesus, e o eunuco logo aceitou o convite da salvação e desceu às águas do batismo (At 8.36-38). Ainda em Atos dos Apóstolos, outro personagem, diferente do eunuco africano, não quis aceitar a salvação. O rei Agripa disse para Paulo: “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão” (Atos 26.28). Agripa quase aceitou, mas o “quase” não resolve nada. Se alguém quase passou no concurso ou quase venceu a competição, ou quase chegou ao local desejado, na verdade não passou no concurso, não venceu e não chegou. No Reino de Deus, o “quase” não adianta. É preciso uma decisão firme, crendo com o coração e confessando com os lábios (Romanos 10.9,10): “Eu reconheço que sou um pecador e que preciso de um salvador. Eu recebo a Jesus em meu coração e creio que Ele perdoa todos os meus pecados”. Nosso Deus é rico com todos os que O invocam (Romanos 10.12).

Por que nem todos querem a salvação? Porque fecham o coração para Deus, porque rejeitam o convite da salvação, porque estão cegos em seu entendimento (2 Coríntios 4.4). Não querem porque o pecado os afasta de Deus (Isaías 59.2), o pecado os derruba (Oseias 14.1) e a incredulidade os impede de crer (Mateus 13.58). Pensemos por um momento acerca de alguns personagens que na Bíblia declararam que pecaram contra Deus. Acã declarou “Pequei”, mas tomou posse de coisas que não eram dele (Josué 7.20). Davi disse “Pequei”, mas sofreu as consequências de seu pecado (2 Samuel 12.13). Judas também disse “Pequei”, mas, ao invés de arrepender-se, sentiu remorso e deu cabo à própria vida (Mateus 27.4,5). Diferente destes, o filho pródigo se arrependeu verdadeiramente, quando voltou à casa paterna, e declarou: “Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lucas 15.21).

A salvação é oferecida indistintamente a todas as pessoas. O Pai está de braços abertos, pronto para receber a todos que O buscam com o coração arrependido e sincero. E quando alguém, ao invés de rejeitar a salvação, aceita a Jesus Cristo, o Pai afirma: “Porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado” (Lucas 15.24).

por Jonas José

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